sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sem título


As coisas são tão mais simples do que nós imaginamos... Se a gente não colocasse dificuldade em tudo, se a gente aceitasse mais as coisas do outro, se a gente não fosse tão egoísta... Se não vivêssemos a ponto de, em qualquer atitude, fazê-la para magoar aquelas pessoas com quem convivemos. Na verdade, só dizemos "não agüento mais" para aquelas pessoas que estão o tempo inteiro conosco, no cotidiano. Para as mesmas pessoas que estarão conosco caso alguma coisa muito ruim aconteça...

Às vezes eu fico triste. Às vezes, não! Quase sempre! Só não sempre porque dizem que o sempre não existe... É difícil ver as pessoas mais próximas a você vivendo sempre na mediocridade, fazendo coisas para apenas passar o tempo nas suas vidas... É tão difícil ver pessoas adultas com mentes adolescentes, bloqueadas, hipersensíveis. Percebo por alguma experiência que tenho, que é difícil para elas tentar melhorar as coisas. Quem sabe começar por si mesmo, sendo mais tolerante e tendo consciência de que as suas atitudes afetam as outras pessoas, e na maioria das vezes incomoda bastante. Depois, tentar pelo menos ser mais agradável, e ao invés de explodir por qualquer coisa, tentar entender o que realmente aconteceu para que aquilo ficasse daquele jeito, e normalmente esse jeito é o melhor que alguns podem fazer, mas por uma exigência excessiva e grande parte das vezes por ingratidão, o feito não agradou muito.

A única certeza no momento é que as pessoas, a maior parte delas, vive na superficialidade. A vida é isso aí. Ao mesmo tempo que dizem que é bela saem reclamando de tudo. Nada está bom, tudo dando errado. Mas tudo isso é conseqüência de atos, não é falta de sorte. Não dá pra esperar que a vida traga bons ventos. É a pessoa quem faz a vida, e os bons ventos virão se as boas plantações forem feitas...


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Conviver não é fácil




Saindo um pouco do meu viés jornalístico-crítico, tão pouco trabalhado nesses últimos dias, nos quais eu mesma tenho me sufocado com tantas coisas para fazer, decidi expressar o que eu, observando nas horas que tenho passado em casa, percebo sobre a convivência familiar.


Conviver não é fácil, e isso não é nenhuma novidade. Mas o que me deixa mais angustiada é que vivemos e passamos por tantas experiências na vida (40 ou 50 anos são muitos anos de experiência), mas acabamos nos tornando ou continuando seres tão medíocres. Medíocres, me refiro ao sentido de se conformar em viver uma 'vidinha' mediana, de ficar reclamando a cada dia da situação e da falta de dinheiro, de discutir com o cônjuge por motivos que nem um casal de jovens namorados discutem e não tentar fazer nada para melhorar esse desconforto.


Não defendo o fato de que para se ter uma vida satisfatória é necessário ter tanto dinheiro (apesar de que isso deve ajudar muito, não posso afirmar porque não tenho), mas é necessário pelo menos termos a consciência de que, se escolhemos um companheiro para conviver, viver, é porque de fato desejamos em algum momento que isso acontecesse, e que agora, na convivência, é o momento de fazer valer à pena por isso ter acontecido. 


Alguém errou? Magoou? Se a pessoa reconheceu os erros, merece uma segunda chance. Mas concordo com o que uma amiga me disse recentemente: Uma segunda chance deve ser dada de forma limpa! Se você decidir perdoar, não adianta passar o erro na cara mais tarde. Perdoou, tá perdoado e pronto! Morreu ali! Se você já sabe que vai ficar remoendo e remoendo e enchendo o saco e sofrendo e mais não sei o que, melhor desistir de vez, partir para outra, mas com a consciência de que é horrível não ter segundas chances, e que mais tarde pode acontecer com qualquer um, afinal, "Herrar é Umano"!


Sejamos filhos, pais, cônjuges, tios, primos, avós... dividir as coisas é difícil, compreender as necessidades do outro é difícil, ouvir os outros é difícil, aceitar as outras opiniões é difícil. Tudo, tudo é difícil em família. Então, o que fazer para se ter uma família feliz? Deve ser complicado, mas não impossível.



Há algumas semanas, li uma das revistas mais lindas de toda a minha vida. Chama-se "Segredos de uma família feliz". O resgate de alguns valores como o comprometimento, as prioridades certas, o respeito e principalmente sermos razoáveis são tão simples requisitos que podemos reproduzir se não formos tão egoístas, e passarmos a pensar na felicidade daqueles que estão ao nosso lado, dia a dia, em qualquer que seja a circunstância. Vamos tentar amadurecer. Não custa tanto ser um adulto realmente adulto e um adolescente, na medida do necessário, responsável. Não há nada demais em tentarmos valorizar as nossas famílias e melhorar a convivência entre os seus membros.