segunda-feira, 28 de março de 2011

Cadê o tempo?

Com o passar dos anos, somos acometidos pelo crescimento do número de atividades que vão se constituindo sob nossa reponsabilidade. Isso com certeza nos deixa impossibilitados de realizar algumas coisas que tenhamos muita vontade, mas pouquíssimo tempo para colocá-las em prática. Coisas produtivas, mas que demandam muito tempo e concentração. Um exemplo pra mim: leitura. Hoje eu gostaria de ler muito mais do que posso. E se eu quiser apenas ler, terei que abdicar das minhas outras atividades, algumas das quais tiro uma parte do sentido da minha vida. Gostaria de ler sobre muitas coisas, com profundidade, além de cumprir um cronograma cerrado de várias atividades. Hoje vivem me perguntando se eu estou prestando atenção aos telejornais, ou se já ouvi falar no cientista tal, responsável pela descoberta de alguma coisa. Que espécie de pessoa querem que eu seja? Fico me perguntando se as pessoas que hoje tem um enorme gabarito e ganham tantos prêmios são felizes, e se sim, como conseguem isso! Só posso dar congratulações aos que conseguem fazê-lo, e ficar feliz por eles... risos!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sacrifícios...

É uma pena, uma pena mesmo, que viver para muitas pessoas seja um sacrifício. O pior é quando essas pessoas não tem nem um mínimo motivo para que isso aconteça. Vivem bem, são cercadas de oportunidades as quais muitos gostariam de ter, não apresentam sequer o mínimo de problemas graves que as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza no nosso país miscigenado em classes têm, ou apenas não possuem aqueles problemas seríssimos de conviver com doenças graves.
O que seria isso então? Essa tristeza repentina, essa vontade de se desligar do mundo inteiro. De dormir e acordar pra ver se o aperto no peito se desfaz. As coisas vez por outra não tem nenhuma perspectiva. Fazer no automático, fazer por fazer. Quando há novas atividades, imaginar como será difícil realizá-las, e pensar "Meu Deus, será que eu realmente preciso fazer isso? ", ou então "Ai meu Deus, nem me fale que ainda tem isso". Uma mistura de tensão, tristeza e muito, muito sacrifício.
Nomes podem ser facilmente ligados a esse misto de sentimentos, e um deles é a desesperança. Ainda que se conheça a verdade que se tenha que conhecer, é complicado não se ter desesperança, afinal, não se tem andado tão veementemente nessa verdade como se deve. Chorar é uma ação classificada como "ótima pedida", alivia, ameniza, mas não resolve.
Àqueles que entenderam, Viva. Àqueles que não, Viva, do mesmo jeito.

domingo, 12 de setembro de 2010

Os Melhores, os Educadores



Uma observação que sempre concordei foi dita pela professora Salete Cordeiro em sua atividade com uma das disciplinas na universidade. “Os educadores são os melhores”. É claro, não foram exatamente essas as palavras, mas justamente isso que se deu a entender. Até recebi um pedido de desculpas, uma vez que, ‘entrona’, estou eu em uma sala de aula do curso de pedagogia, buscando, entre outras coisas, entender o ritmo da educação para poder ligá-la diretamente com aquilo que faz parte de mim: a comunicação.

Pois bem. Concordo mesmo com essa Expressão. Os educadores são os melhores. E concordo com todas as discussões que vieram a seguir, acerca de uma mudança no sistema educacional, e que esta deve, primeiramente, vir das bases de formação de um educador. Dentro da universidade, formar a consciência crítica (o primeiro passo) e sacrificar-se fora dela pela concretização da educação mais justa sempre discutida entre as paredes das salas com tantas colegas (o segundo e mais importante).

Toda essa concepção, por mais romântica que pareça ser, ainda é a mais desejada. Construir uma educação básica qualificada, justa. Fugir do modelo tradicional, solucionar os problemas com a ajuda da desordem que hoje as novas tecnologias nos trazem. Essa desordem nos possibilita criar inúmeras formas diferentes de compartilhar e construir conhecimento. É como diz Bonilla, nas suas discussões sobre a práxis pedagógica, ao afirmar sobre os novos modos de vida que vêm a partir do desenvolvimento técnico-científico: se já não me resta perder tanto tempo para construir as coisas, porque não aproveitá-las para produzir aquilo que está ao meu alcance: cultura, educação, ciência, tecnologia?

Se estamos ainda na sociedade caracterizada por Bonilla como reprodutora do modelo hegemônico, fechada à exterioridade, com seus discursos pouco dialógicos, este é o momento. Repensar as bases de formação, exercer a consciência crítica ao analisar os modelos vigentes, construir após discussões calorosas o que pode ser caracterizado como melhor modelo educacional, pensar, concretizar, produzir. Afinal, não a toa são ‘os melhores, os educadores’.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

'Colei com minha prima!'

Produzindo conhecimento numa tarde de domingo.


"'Umbora!' a gente pega o celular de minha tia e faz!". Foi assim que eu e minha prima decidimos fazer o nosso vídeo: o Programa Viva Bem, com edição especial para o desperdício da água em nossas casas. Primeiro, uma pesquisa do tema. Depois, borracha vai, borracha vem, e produzimos o nosso texto da reportagem. E não foi só isso! Depois, é claro, passamos tudo para o roteirinho de televisão... Agora é só organizarmos o que vamos filmar. "Vamos filmar mainha lavando prato, minha vó bebendo água!", "É isso, boa idéia!".

É muito simples produzir conhecimento na sociedade de demandas tecnológicas que vivemos. Agora, em processo de formação, me surpreendo a cada dia com o potencial da comunicação para a formação de uma consciência crítica, principalmente nos temas relacionados a ciências, tecnologias, saúde, meio ambiente... Adorei a experiência com minha prima e repeti: estamos nos bastidores do Programa Viva Bem 2: A importância de uma boa alimentação.

Por enquanto deixo com vocês o primeirão:


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Você ainda se surpreende com as pessoas?


Surpreender-se com alguém parece algo bom. Mas isso só quando há um superação de expectativas. Você pode já saber que alguém tem a capacidade de realizar coisas maravilhosas, ou tornar-se uma pessoa cada vez melhor, mas aí ela te mostra algo além do que você já esperava dela. 

O péssimo é quando você se surpreende com alguém ao perceber que o que você imaginava sobre ela era apenas uma fantasia. Isso acontece muito nos relacionamentos amorosos, pelo que dizem. É como diz aquela teoria, ou estudo, ou não sei o quê da psicologia: quando nos apaixonamos por alguém, na verdade nos apaixonamos por uma idéia que fazemos dela. Quando nos damos conta de quem elas realmente são, ou, num caso contrário, quando descobrem quem realmente somos, foi-se o encanto. Aí fica o amor.

Mas não quero falar sobre relacionamentos. O exemplo de apaixonar-se foi só para explicar melhor. Falo de pessoas que conhecemos no dia a dia, que passamos a conviver no ambiente de estudo, de trabalho, até na família ou quaisquer outras circustâncias. À medida que o tempo passa, formamos uma imagem boa daquele alguém. O problema se dá quando, por acaso, vemos a pessoa da boa imagem fazendo coisas que vão de encontro aos nossos princípios, que destoam totalmente daquilo que imaginávamos, conhecíamos, achávamos. 

Princípios são valores pessoais. O que talvez seja um princípio muito forte para mim, talvez nada signifique para você. Ou, talvez o que seja uma afronta aos meus princípios, seja para você uma atitude totalmente normal. "O que é que tem? Muita gente faz", "Não há nada demais". Talvez não haja mesmo, mas ainda assim pode ser um choque. A partir daí, dificilmente as coisas poderão ser vistas da mesma forma. Estejamos atentos aos olhos da ingenuidade...

sábado, 26 de junho de 2010

Destinadas ao Sofrimento?

Não é fácil entender o universo feminino. Até para as próprias mulheres isso pode ser dificílimo. Mas para argumentar, é necessário entender até que ponto alguns comportamentos são gerados por conseqüências físicas. Para isso, decidi fazer uma pesquisa sobre as questões de saúde, e quando estava lendo sobre a TPM, me deparei com uma frase assustadora: “sintomas físicos e psicológicos que podem ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher”. O que pode se tudo isso?

Tensão Pré-Menstrual;
Para os homens: Temporada Proibida para Machos

Ao ler que a TPM é um distúrbio neuropsicoendócrino, fico, na minha possibilidade de jornalista, tentando traduzir o que isso significa. Talvez não seja tão difícil: levando em consideração que ‘neuro’ está relacionado aos estudos do sistema nervoso, cérebro etc, o ‘psico’ aos estudos de comportamento e o ‘endócrino’ relacionado às glândulas produtoras de hormônio, percebemos que a TPM está envolvida num conjunto grande de coisas.

Se isso é fato, não é pouca coisa que acontece. Em se tratando de sintomas físicos, o mais comum, creio eu pela minha experiência como mulher, é a sensibilidade das mamas. Em algumas mais, em outras menos, aquilo que parece ser tão desejável aos homens num lindo decote, é para nós um fardo, em tempo de ser arrancado. Dor de cabeça nem se fala... Para completar, sempre acontece aquela retenção de líquido, e do nada engordamos três quilos. Ainda assim, os problemas físicos não chegam nem perto dos problemas psicológicos, que trazem para nós um cansaço interminável, uma ansiedade terrível com muitas alterações de humor, incluindo muita raiva e até depressão.



Essas coisas simplesmente fogem ao nosso alcance. Não dá pra escolher se quer ou não que aconteça, e por isso é meio difícil que sem algum tipo de tratamento a mulher pare de desenvolver esses sintomas. É claro que algumas felizardas simplesmente não sentem nada disso, mas são minoria. Mesmo assim, algumas medidas podem ser de grande ajuda, e são aquelas que todo mundo já sabe, mas que poucas conseguem fazer: exercícios físicos regulares, alimentação saudável e um grande, enorme, treinamento cerebral, tentando não se entregar à tristeza ocupando a cabeça com diversas atividades...




Menopausa e Climatério

Como se não bastasse a vida inteira ter os vários sintomas da TPM mensalmente, ainda existe uma coisa muito pior: a última menstruação da mulher, mais conhecida por todos nós como a menopausa. Poderia ser até uma coisa feliz, do tipo “Meu Deus, que bom, nunca mais vou menstruar, nunca mais vou sangrar, que maravilha!”, mas não é assim que a coisa funciona.

A menopausa vai chegando com o climatério, que é justamente a passagem do período fértil para um não-fértil, ou nunca mais fértil. Ele tem duas fases, uma um pouco antes da última menstruação e outra depois dela. Essa síndrome toda não podia passar em branco, os sintomas são muito piores do que uma TPM aguda: ondas de calor com muita transpiração que podem ser extremamente desagradáveis, alterações de humor que podem levar a séria depressão e até perda de memória, diminuição do desejo sexual, aumento do risco de ter doenças cardiovasculares, e até osteoporose, a doença que diminui a massa óssea tornando os ossos frágeis e propensos a fraturas.


O que sobra para uma mulher na vida?

Se as mulheres passam por isso a vida inteira, é difícil acreditar que qualquer mulher possa ser feliz em tempo integral. Na verdade, no mundo que estamos hoje, cheio de violência, falta de amor e de afeição natural, ninguém vive com cem por cento de tranqüilidade e felicidade. Mas não podemos deixar de confirmar que a maioria das mulheres são injustiçadas em todo decorrer da sua vida.

Desde pequenas somos educadas a tomar conta das coisas de casa pra mantê-la limpa, arrumada. Isso não é nada demais, todo mudo quer estar num lugar limpo, cheiroso, agradável. Mas quando casam, muitas são obrigadas a tomar essa parte sozinhas.

É a realidade das mulheres de periferia: os maridos saem, vão jogar, beber, se divertir, olhar as mulheres bonitas, e quando voltam querem comida, roupa lavada e dormir. Se algumas querem desabafar algum problema, tem que falar com a vizinha. A mulher de dentro de casa não presta, a que presta é a fulana que ele conheceu no trabalho, porque ela é livre, é inteligente, não tem frescura, problema...

As vezes as mulheres podem dar a melhor criação aos seus filhos, mas o que recebem não é o que dão. Acontece que depois de velha, quando nunca teve tempo de cuidar de si mesma e perto da morte é que vai começar, pois é quando começam a aparecer os piores problemas de saúde, muitas mulheres ainda tem que voltar a cuidar dos filhos que dão prejuízo: alcoólatras, com câncer contraído pelo cigarro, acidente de carro por imprudência...

Tá na cara: é muito mais fácil ser homem. Quem me dera ser tachada de sexo mais forte só por ter mais massa muscular... seria tudo muito mais fácil. Mulheres: este mundo não vai melhorar... pensem mais em si mesmas, não se entreguem tanto sem ter certeza, pensem bem, nem sempre vale a pena ter filhos... pode ser uma posição totalmente fria e calculista, mas não deixa de ser realista.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sempre suja!



É difícil conseguir se acostumar com o contraste que vemos em Salvador. Oriundos da capital do Estado da Bahia, o que ouvimos em outros estados quando vamos a eles e respondemos de onde somos é: "Salvador? ô terra boa!". Terra boa, sim, pode-se concordar em termos de beleza e cultura. Mas uma terra não tão bem cuidada pela sua população.

A quantidade de lixo nas principais estações de transporte da cidade, além das passarelas e praias, é uma coisa absurda. Não dá para aceitar que na estação iguatemi possa haver tanto lixo no chão perto de uma lixeira. Papéis de guloseimas, panfletos propagandísticos de empresas próximas ao local e até resíduos de alimentos vendidos por ambulantes instalados ali transformam o local num aspecto insalubre, e nos dá a sensação de estarmos mergulhando num rio de lixo. Mesmo assim, não parece que muita gente está incomodada.


Mesmo não fazendo parte dos concernidos a que Jürgen Habermas se refere, e que validam determinado discurso sobre certo assunto (nesse caso a discussão "jogar lixo no chão é uma questão cultural ou não?"), acredito que essa prática está enraizada na nossa sociedade baiana pela falta de maior esclarecimento sobre os riscos envolvidos na grande quantidade de lixo no chão. Em resumo, grande parte das pessoas talvez não reflita ou não possua nenhum conhecimento de que a proliferação do lixo em locais de moradia ou grande movimento de pessoas pode trazer grandes prejuízos à cidade, principalmente em épocas de chuva, quando as pessoas estão muito mais vulneráveis às doenças. Talvez os nossos jornais estejam espetacularizando o fenômeno de alagamentos, engarrafamentos e doenças em Salvador na época das chuvas, e esqueçam de ressaltar o grande colaborador para tudo isso, o lixo jogado no chão.

O jornal da reportagem abaixo fez uma teste em sete capitais brasileiras: os garis pararam de limpar um trecho de 1km em cada cidade, no horário comercial de um dia útil numa avenida movimentada. De todas, Salvador, que também foi campeã de sujeira nas praias em reportagem anterior a essa, foi a vencedora da sujeira em ambiente urbano. Nada bom...

sábado, 13 de março de 2010

Malhar o ano inteiro ou só para o verão?



Como primeira experiência de produzir um vídeo com câmera digital, aproveito para apresentar a vocês o vídeo "Malhar o ano inteiro ou só para o verão?". Foi uma produção minha feita em apenas dois dias, com o apoio da Academia Movimento Acqua & Sport do Cabula 6. Fiquem à vontade para discutir a estrutura e é claro, o tema! Vocês também podem assistir o vídeo no You Tube, clicando AQUI. Abraços a todos!

sexta-feira, 5 de março de 2010

E haja panfleto!!



Como se não bastasse o medo de atravessar a passarela da estação Iguatemi pelas suas condições um tanto precárias, a cada cinco metros andados nos deparamos com panfletinhos. É panfleto de todo tamanho, de toda cor e de toda propaganda. Roupa íntima, curso de inglês, de mensagens por telefone e cestas de café da manhã... Bastar pisar ali e já se vê as mãozinhas estendidas. Mas isso não é tudo. Experimente ir até o Salvador Card fazendo esse mesmo trajeto. Panfleto na frente do shopping, do outro lado da rua, na frente da igreja, panfleto, panfleto, panfleto... e de repente o mundo se tornou um panfleto!



É normal que os estabelecimentos, grandes ou pequenos, necessitem fazer propagandas dos seus serviços. O problema é que os papeizinhos não parecem ser a melhor das alternativas, se levarmos em conta que soteropolitanos, com raríssimas exceções, adoram jogar um lixinho no chão. A pessoa pega o papel, olha, percebe que não lhe faz sentido e simplesmente embola e joga no chão. Apenas uma pequena parcela daquele monte de gente que recebeu certo panfleto desenvolve interesse nele e guarda, o que não é nada perto de quem vai jogar fora, seja na mesma hora, seja depois, afinal, quem vai querer guardar lixo no bolso até chegar em casa?



Depois disso, com o chão já cheio de panfletinhos, "chuá!", cai a chuva. Entopem os bueiros, as águas não escorrem, e sem alternativa, se acumulam na rua, e aí já viu: transmissão de doenças, congestionamentos, avenidas inundadas, sufoco... De quem é a culpa? "Do governo!!!".

Antes que pensem alguma coisa, não estou querendo defender o governo. É claro que percebemos claramente a estrutura deficiente da nossa cidade, mas não dá para desvalorizar nem desconsiderar essa mínima estrutura que possuímos. Francamente, o problema da sujeira em Salvador é tão grave quanto o da violência!

Então, opte por não pegar os panfletos na mão dos entregadores e note o que acontece: muxoxo, cara feia... Mas não podemos julgar essas atitudes, já que o salário daquelas pessoas depende dos panfletos distribuídos, e ter uma grande quantidade deles em mãos e não conseguir repassar parece um tanto frustrante.

Tem outro tipo de panfletagem, e aí já não sei mais se é esse o nome, típica das grandes empresas de supermercado. Pessoas uniformizadas entregam aqueles papéis com os preços dos principais produtos pela janela do ônibus. Muita gente pega por pegar, "passa o olho" e deixa na cadeira. Depois o coletivo fica cheio de papel, e no final do expediente, tudo é recolhido na garagem e: lixo!

O que a nossa sociedade precisa entender, incluindo também as empresas que apresentam os seus produtos por panfletos, é que temos urgentemente que reduzir a quantidade de lixo que produzimos. Ainda que tenhamos os processos de coleta seletiva e reciclagem, ambos são muito escassos e não dão conta de tudo. Precisamos de atitudes de redução, afinal, papéis causam impactos no ambiente desde o momento da sua produção até o seu descarte.

Não sei quais outros tipos de divulgação poderiam ser utilizados por essas empresas, estabelecimentos etc, mas estas também precisam preocupar-se com as questões que envolvem as suas escolhas.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Férias...



"Férias: Decadência". Recentemente vi essa comunidade no orkut de um amigo, e no início achei que era bobagem. Depois de um tempinho, comecei a ver as coisas de outro modo. É ótimo estar de férias, poder aproveitar os momentos com a família, os amigos, sair, conversar, ou até mesmo curtir a nossa casa, já que com toda a correria do dia-a-dia, é o lugar em que menos estamos. O problema é equilibrar tudo isso com uma leitura diária de jornal que não seja a da página do Big-Brother Brasil ou do resumo das novelas, e com a assistência a programas um pouco mais instrutivos, que não sejam os horários nobres das grandes emissoras ou o Verão MTV...

Dificilmente nas férias conseguimos colocar em prática aquilo que planejamos na virada do ano. "Vou fazer, vou acontecer!". Se dependermos das férias, as coisas continuarão no mesmo lugar, e aí vêm aquelas frases típicas de nicks e subnicks: "Ano novo, mesma vida". Não estou sendo tão radical, nem criticando as férias. Pelo contrário, estou amando as minhas férias, passo 90% do tempo em casa, é maravilhoso, pois não sabia mais o que era curtir a minha casa, estar ao lado da minha mãe, acordar um pouco depois das 6 da manhã, arrumar meu quarto pra valer, curtir uma praia, ir pra academia bem mais disposta... O problema é que não temos disciplina conosco, não somos tão capazes de nos disciplinar, e acabamos deixando e deixando pra lá. Estamos acostumados a ser disciplinados por outros, e as coisas que nos fazem crescer, não fazemos com prazer, fazemos para cumprir um cronograma, pra atingir uma nota, coisas desse tipo.

As férias são um período maravilhoso, mas acho que para quem sabe realmente aproveitá-las ou programá-las, fica tudo muito melhor. Não perder o costume de ler algo construtivo, fazer programas que gostaríamos em alguma outra área que tenhamos habilidade, mas não conseguimos por causa do trabalho, da escola ou da faculdade... Não só curtir momentos, mas aproveitar cada oportunidade para um crescimento nosso. Isso é o que falta nas minhas férias. Estou desabafando aqui, porque estou me sentindo improdutiva, a palavra é essa. Acostumada com um ritmo intenso de estudo e trabalho, deixar de fazer tudo e parar no tempo das férias me deixou inerte... Mas eu já sabia que isso aconteceria. Já estava preparada... 


Enfim, cada um tem as suas férias o seu modo de aproveitar curtir... Pra cada um, as coisas se configuram de um jeito. A todos, boas férias!